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Mostrando postagens de 2017

O príncipe e eu...(parte 2)

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-Vem comigo, há algo que quero lhe mostrar. – disse Tan segurando minha mão e me conduzindo para fora do palácio. Caminhamos pela trilha cheia de luzes pequenas que ornamentavam o corredor em direção ao jardim do palácio, pelo que pude perceber. Permanecemos de mãos dadas, andando em silêncio. As mãos de Tan são macias e quentes, com facilidade sua mão cobria a minha mão pequena; vez ou outra ele a apertava delicadamente, seu polegar acariciava o dorso da minha mão. - Quando pretende voltar ao Brasil?- perguntou Tan quebrando o silêncio. - Meu vôo é amanhã a tarde.- respondi Tan parou de andar e olhou para mim. Seu rosto contraído, a teste formando uma ruga. -Amanhã? Pensei que ficaria mais uns dias aqui. -Quanto mais tempo ficar, mas difícil será partir. Sua nomeação é daqui a um mês estou certa? Jan-dii me contou, ela está desenhando várias peças de roupas para muitas pessoas que comparecerão a cerimonia. Estão ficando lindas. Esse vestido foi feito por ela, aliás

O Príncipe e eu... (parte 1)

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             Quando eu desci a escadaria principal, vi diante dos meus olhos um dos bailes mais lindos que já vi. Todo o salão do palácio estava decorado, do teto pendiam os balaústres de cristais, o cheiro de rosas e realeza oriental. As mesas ornamentadas de em tecido de seda nas cores dourado e branco. Todos os convidados em seus trajes finos e caros, a musica tocando ao fundo.                          Meu vestido longo deslizava por entre as escadas, meu coração batia descompassado pelo medo de ser notada pelas pessoas da festa, e também pelo medo de ser notada por ele. Estaria eu a altura daquelas pessoas da realeza? Príncipes e princesas do oriente, magnatas árabes, CEOs americanos e brasileiros.             Porém, meus olhos traiçoeiros na verdade o procurava. E o vi, ele estava no meio do salão dançando com a mãe. Seu terno preto, os cabelos curtos, mas que Tan os matinha rebeldes. Os olhos pretos e puxados, a face coreana e bronzeada que eu tanto amava, alto e e

Sobre o Criador e a criatura...

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Eu vejo os seus cuidados. Eu vejo o seu amor e carinho ao olhar para minha família, por exemplo. No menor dos detalhes, eles estão lá. Minha família na terra, assim como minha família do céu. Todos eles estão lá por mim. Eu vejo a ajuda que chega, não importa de onde, vem ao meu encontro assim como o Sol que nasce. A ajuda que chega na certeza, dentre as horas em que fecho os olhos e chamo por você. Nos segundos em que confesso meu medo, você, Criador das estrelas, vem em meu socorro. Eu vejo o Senhor, O vejo quando olho para a natureza. Tanto cuidado, tanto capricho até para a menor das criaturas... No fundo, Pai, eu sei que esta espera não é uma punição. É o seu amor, é o seu cuidado para que tudo saia perfeito, tudo saia com a sua assinatura. É mais do que poderia merecer, do que eu poderia lhe pedir. Então me perdoe, me perdoe pela fé tão cheia de falhas, de rachaduras como um prédio antigo em ruinas. Às vezes é difícil confiar com o coração machucado, esperar pe

Dos olhos asiáticos...parte 2

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Eu ainda continuo pensando em você Mas acho que você não sabe disso Música: What should I do? , by Jisun

Dos olhos asiáticos...

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Vou chamar seu nome de novo Porque eu sou desse jeito Porque você é aquela que eu amo Eu vou te ver de novo Você é a pessoa que me mostrou um amor Mais profundo que minhas lágrimas A lâmpada da rua onde nos estávamos Foi o primeiro raio de luz em meu coração Tudo o que atrai os meus olhos, tudo São memórias que me lembram de você Se eu te dizer que comecei a gostar de você de verdade Você ficaria desconfortável?  Eu me pergunto Música: I´m going to meet you, by Kim Bum.

Sobre a voz do deserto...

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Hoje é um dia muito especial, na verdade, celebramos a véspera do nascimento de alguém muito especial. Há quem diga que ele nasceu no dia 25 deste mês, outros afirmam que ele nasceu em abril e o mês de dezembro foi uma “transferência” comercial para esta época: frio, neve, presentes, papai noel, etc. Mas no fundo não importa muito a data em si, mas o fato de que Jesus nasceu. Jesus, Yeshua, Mestre, Amigo, como você preferir chama-lo... Alguém que te ama profundamente e te conhece melhor do que ninguém, alguém que espera a ascensão da Humanidade há muito tempo, e acredite ou não, nos defendeu, e ainda defende, diante das Esferas que governam o Universo. Para certos sonhos meus, me vejo como se estivesse em um longo deserto, deserto causado por mim mesma, pelas consequências que fiz nesta ou em outras passagens por aqui. Enquanto caminho por entre as dunas, o sol quente queimando a minha pele, continuo na esperança de sair dali, de encontrar o oásis que perd

Prelúdio?

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A remetente é uma humana, Uma humana cheia de defeitos, incompleta. Uma garota quieta, mas com uma mente barulhenta de pensamentos, e de sonhos também. Uma garota que há muito tempo não escrevia, e resolveu mergulhar nas palavras. O que escrever? Sobre o que meditar? Decidiu então escrever sobre a vida, como a vida é para ela. Como a vida é para mim. Sinto como se a vida fosse um enorme tecido de seda: são cores vivas e brilhantes, e cada pessoa ao nascer vibra uma cor, uma aura. A cada existência essa peça rara e bela se estende, nos acompanha entre os anos, séculos e eras contando para o Universo a nossa história. Porém, esse tecido possui algumas pontas soltas que são erros e culpas do passado, ou de outras vidas se você assim como eu acredita em reencarnação. E cada combate, e cada lágrima ou força na superação é como se eu colocasse fio por fio de volta no tecido. Os fios que deixei para trás da ultima vez em que estive aqui, por estas terras... Se assim n

Graça

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"Através de muitos perigos, labutas e armadilhas, eu já vim.  A graça me trouxe segura até agora, e a graça me levará para casa." * * * O autor é de alguém que não conheço, mas no campo do sentimento, mergulhei nessa frase.  E você?

Criador das estrelas

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                                 Talvez a solução não seja olhar para baixo, para onde estão os problemas por agora tão difíceis de resolver. Há tanta dor lá fora, algumas demonstradas com mãos levantadas, repletas de ódio ou não, enquanto outros gritos são feitos no silêncio.                 O silêncio de um dia que não termina ou de uma noite em claro, ambos carregados com a seguinte pergunta: “O que vai ser de mim amanhã?”              Talvez a solução não seja olharmos para baixo, mas para cima. Para a imensidão que não conseguimos compreender, e que mesmo assim nos preenche.                 Há quanto tempo não olhamos para o céu?                 E quando foi a última vez que pensamos no Criador das estrelas?                 Confie no que você não pode ver, Não com estes olhos materiais. Ouça a voz não emitida por som algum, mas que vibra dentro do seu ser. Ela te ampara, Te orienta, Te acalenta. E não duvides jamais do Criador das estrela

O que você desejaria?

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Também existe amor no silêncio, mas passamos tanto tempo elaborando o “roteiro certo” para as pessoas que nos amam, ou que somente nós amamos. O amor é livre porque é uma força da Natureza. Provém Dele. Uma frase tão singela quanto “Olá, como você está?”, ou “Eu me lembrei de você.”  pode ser tão carregada de amor, muito mais talvez do que o mais enaltecedor poema. Palavras quando não sentidas pelo coração são tão vazias quanto uma jarra sem vinho. O vinho da vida. O medo reverbera pelo coração dos homens, pelo meu, pelo seu. Não deixe para fazer sentido quando não houver mais sentido algum. A vida passa cada vez mais depressa, e tantos acontecimentos perpassam por ela. Ame a Deus, Ame a vida, Ame a si mesmo, Ame a quem o seu coração teimosamente lhe diz para amar. E confie no Primeiro Sujeito, o inventador do Amor.

Sobre os caminhos internos...

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Há momentos em que se faz necessário vencer os caminhos externos. Acordamos, enfrentamos o dia em nosso trabalho e os desafios oferecidos por ele, seja diante de companheiros felizes ou infelizes, seja na periculosidade própria de cada labuta. Mas há momentos, há travessias, onde o trabalho mais importante ocorre no interior em direção ao recôndito mais profundo da alma. Este tem sido meu trabalho nos últimos tempos. Sinto que minha fé está exaustivamente sendo forjada sobre o fogo da Dúvida, na lareira do Silêncio sob a supervisão da Espera. Não há descanso neste ofício de agora. Sigo, porém, na confiança de que terei minha espada de fé forjada com o mais forte dos aços, nada será impossível para mim, pois provei do fogo e fortifiquei-me nele. Esperar com sabedoria também é caminhar, então sigo da melhor forma que consigo, na certeza de que Jesus caminha ao meu lado. Que me concedeu esta oportunidade de forjar minha espada sobre este fogo sagrado com a supervisão da espe

No deserto do silêncio e da espera

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Os caminhos dos quais eu mais temi, Foram os que eu tive de enfrentar. Face a face, Sem qualquer possibilidade de fuga. As provas mais duras foram as do silêncio e da espera, Onde tudo podia acontecer, E nada acontecia ao mesmo tempo. Passado e presente estão juntos a mim, neste momento. No entanto, forças invisíveis conduzem-me pelo avançar dos dias. E sei, do fundo da minha alma, que vencerei. Pois cada espinho ou rosa dada pelo Criador é bendita, Na regeneração do meu ser. Confiarei, pois no Senhor. Fecho os olhos do meu corpo, para abrir os olhos do espírito.

Sobre os denários...

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Somos um jardim de virtudes. Há tantas virtudes espalhadas por nossa alma, tantas delas. Porém, quantos de nós não as escondemos, quantos de nós não enterramos nossos “denários” e nos recusamos a retirá-los de dentro da terra; por orgulho, egoísmo, ás vezes medo também. Penso que as dificuldades que surgem em nosso caminho são postos em nossas vidas não por acaso, mas para que despertemos sobre quais denários insistimos em esconder. De início, a vontade súbita é de correr, de não enfrentar, mas me pergunto agora: Qual virtude te falta nesta vida? Amor? Paciência? Perdão? Fé? Coragem? Desenterrar não é fácil, existe sempre o medo do fracasso. Mas quando não o fazemos, é como se nós mesmos colocássemos uma grande pedra sobre o rio dos nossos destinos, e tudo que há de bom no rio da vida fica retido. Não há como descobrir o que nos espera a próxima margem se não soltarmos as amarras, não há como ver a luz de nossas virtudes se insistimos em enterrá-las no coração. Voc