Sobre o Criador e a criatura...
Eu vejo os seus cuidados.
Eu vejo o seu amor e carinho ao
olhar para minha família, por exemplo.
No menor dos detalhes, eles estão
lá. Minha família na terra, assim como minha família do céu. Todos eles estão
lá por mim.
Eu vejo a ajuda que chega, não
importa de onde, vem ao meu encontro assim como o Sol que nasce.
A ajuda que chega na certeza,
dentre as horas em que fecho os olhos e chamo por você. Nos segundos em que
confesso meu medo, você, Criador das estrelas, vem em meu socorro.
Eu vejo o Senhor,
O vejo quando olho para a
natureza. Tanto cuidado, tanto capricho até para a menor das criaturas...
No fundo, Pai, eu sei que esta
espera não é uma punição. É o seu amor, é o seu cuidado para que tudo saia
perfeito, tudo saia com a sua assinatura. É mais do que poderia merecer, do que
eu poderia lhe pedir.
Então me perdoe, me perdoe pela
fé tão cheia de falhas, de rachaduras como um prédio antigo em ruinas.
Às vezes é difícil confiar com o
coração machucado, esperar pela próxima porta quando estou diante de mais uma
que se fechou.
É como se eu tentasse enxergar a
outra margem no meio do nevoeiro que insiste em continuar.
Nessas horas que mais uma vez o
Senhor vem, meu Pai. Vem na força que faz meu coração bater, vem na janela que
se abre, vem na ponte que não se curva perante o nevoeiro das minhas dúvidas e
medos.
Estamos nessa travessia juntos,
Criador e criatura, até a criação construída por Ti, com tua assinatura para
mim se revelar diante os meus olhos.
Ao final, talvez esta fé não esteja tão em ruínas.
Porque a areia que a formou é santa.
Não é um prédio em ruinas, é um templo sagrado.
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