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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

A(caso)s

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Ás vezes, você tenta e luta. Segue seu coração, aceita os sinais e pula. Mas o caso do acaso parece ter mais força em certas circunstâncias da vida, E tudo fica sem sentido de repente. Os sinais de outrora tornaram-se pó, assim como o estandarte ilusório que você costumava carregar pelas avenidas do coração. São avenidas vazias agora, o estandarte foi guardado num canto empoeirado. O carnaval já passou, o caso do acaso o levou embora. Quantas páginas da nossa vida deixamos em branco, intactas, por orgulho e egoísmo?

Querido cara de amanhã...

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Querido cara de amanhã, Os invernos são diferentes agora, a neve não está mais caindo do céu e molhando a soleira das janelas, O inverno está no coração dos homens agora. Lá fora o sol aquece até demais, por dentro o vazio e a frieza predominam na alma de todos como o joio infiltrando-se por entre os campos de trigo. Muito dizem ser o caos final, que caminhamos para o fim. Mas porque eu não sinto que é verdade? Por mais irracional que seja, por mais que meus olhos veem a maldade multiplicando-se como um poderoso fungo, meu coração permanece firme, minha alma floresce cheia de borboletas a cada manhã. Querido cara de amanhã, Por que sempre nos desencontramos no final do dia? Por que meu caminho é sempre o oposto ao seu? A sereia das águas me disse para olhar o horizonte, pois a roupa branca que visto todo dia me levará adiante. Que muito me reserva no futuro, mas ela não disse sobre você, sobre nós dois seguindo uma mesma reta. Você costumava acreditar nas causas

Sobre o Vale...

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           Estávamos no alto de uma grande montanha. Abaixo, eu podia ver um rio estreito e longo serpenteando o imenso vale de árvores verdes, e antigas, eu suponho. O vento batia no meu rosto de uma forma diferente, forma esta que há muitos anos eu não conseguia mais sentir. Após tanto tempo na escuridão daquele beco, em meio à lama e aos escombros de minha raiva e ódio, tinha deixado de sentir muitas coisas e só havia pensamentos repletos de vingança.             -Qual é a sensação?- me perguntou o senhor de branco ao meu lado.             -De paz. –respondi- De uma paz que esqueci que poderia sentir novamente.             Não lembro tê-lo visto algum dia, mesmo seu rosto sendo familiar para mim. É como se eu o conhecesse de um lugar que não me lembro.             -Você passou muito tempo mergulhado no passado, Sam. Deixou a raiva e o ódio aprisionarem você naquele lugar, e não podíamos chegar até você sem que fosse sua vontade.             - O mesmo acontece com os