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Mostrando postagens de janeiro, 2020

Little bird

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Pequena andorinha Dizem que tu sozinha não fazes verão Contraditório não? Tão pequena és tu, o mundo tão gigante Porém ao olhar para ti, no fundo dos teus olhos de pássaro, Enxergo uma imensidão de sonhos E o mundo lá fora torna-se menor que os medos e pensamentos   de que não irás vencer os ventos contrários Há sempre ventos contrários, Redemoinhos que perpassam por tua plumagem branca como a neve Pequena andorinha, tu que voas por entre o céu do Criador, não te deixes levar pelas ilusões humanas És linda e única demais para este mundo passageiro Minha pequena andorinha De plumagem branca como a neve Voa, voas para o horizonte Pois o teu Norte está logo ali Segues e não temas os ventos contrários, Eles fazem parte da vida De ti, de mim, deste pequeno ponto de terra e água no meio do Universo Minha pequena andorinha Não fazes verão sozinha, de sorte Mas aqueces o meu nobre coração Não te esqueças enquanto voas para o horizonte Para o teu

Fluidez

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Há fluidez quando há paz, Há fluidez quando há momentos ricos de simplicidade. Não existe pressa, no entanto, os momentos passam tão rápido e seguem na memória da gente. Tempo, doce tempo. O caminho desértico passou por mim, suas areias silenciosas, por vezes, quentes e angustiantes, cruzaram por meus pés descalços. Dunas, dunas do senhor tempo que passou sereno e belo. E eis que o dia veio, no raiar de mais uma manhã aparentemente pacata tais quais suas irmãs, senti amor naquele olhar. Sei que viestes para ficar, Viajante. Sinto que seguro sua mão para não soltar. E nos sentimentos que fluem de um coração para o outro, seguimos. Futuro, misterioso futuro. O que reservas para nós? O passado que outrora era presente nos fez andar sobre a espera de um sonho que parecia não chegar. Um dia pode ser rápido para os amantes, mas tão lento para quem desconhece quando os sonhos irão se realizar. Fé, tenhas fé em mim . Tu, futuro, era o que me dizias. E eis que cump

Baile da vida

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Na natureza não há pressa. A vida segue em meio a uma valsa lenta, totalmente entregue as leis invisíveis que a tudo molda e conserva. Leis invisíveis do tempo. Tempo, senhor do passado, do aqui e agora, e dono do futuro que ainda virá. Mestre implacável que não respeita o que não ajudou a construir. Na vida não há pressa porque não pode haver beleza sem capricho, e não existe capricho sem horas, meses e anos a fio de trabalho árduo. E o que dizer sobre os sonhos? O que dizer sobre o desejo que parece bailar a nossa frente para sabermos que existe, porém, se esvai sobre os nossos dedos, negando a vontade de tocar- e não poder. O que dizer sobre as portas que se fecham? E as que nunca abriram? Ou do amor que partiu para vida lá fora ou para os braços da Indesejada das Gentes como declara meu amigo Manuel Bandeira? “E as coisas da alma costumam ser demoradas.” Disse uma vez uma sábia Veneranda do mundo de lá para o mundo de cá. É difícil não saber, eu sei. O