Sobre o soldado e a vela...
Quando te pedi descanso, me mostras-te um deserto a caminhar. Ao sentir-me cansado, eras a Minha Sombra. Mas continuavas a me conduzir pelas dunas daquele deserto de desafios. Quando te interrogavas com barulho, Me respondias com silencio. Talvez, penso agora, estavas me convidando a silenciar a minha mente e aprender a ouvir. Aprender a ouvir a Tua resposta. Achei inúmeras vezes que já era hora de sorrir, porém, me ensinaste a chorar. E nos momentos em que estava prestes a chorar, me arrancastes um sorriso largo de mim. Ao pedir um Sim, me respondias com Não. E quando esperava de Ti um Não, entregavas em minhas mãos um Sim. Quando me achava fraco, Tu me enxergava como forte. Quando tinha medo e queria fugir, me conduzias a minha fonte de medo para enfrenta-lo. Eu me via como um medroso, mas Tu me enxergavas como um soldado. O Teu soldado. Embora não te veja, sei que estais aqui. E penso que tua morada é na contradição, e na surpresa. Porque a belez