Prelúdio?
A remetente é uma humana,
Uma humana cheia de defeitos,
incompleta.
Uma garota quieta, mas com uma
mente barulhenta de pensamentos, e de sonhos também.
Uma garota que há muito tempo não escrevia, e resolveu mergulhar nas palavras.
O que escrever?
Sobre o que meditar?
Decidiu então escrever sobre a vida, como a vida é para ela. Como a vida é para mim.
Uma garota que há muito tempo não escrevia, e resolveu mergulhar nas palavras.
O que escrever?
Sobre o que meditar?
Decidiu então escrever sobre a vida, como a vida é para ela. Como a vida é para mim.
Sinto como se a vida fosse um
enorme tecido de seda: são cores vivas e brilhantes, e cada pessoa ao nascer vibra
uma cor, uma aura. A cada existência essa peça rara e bela se estende, nos
acompanha entre os anos, séculos e eras contando para o Universo a nossa
história.
Porém, esse tecido possui algumas
pontas soltas que são erros e culpas do passado, ou de outras vidas se você
assim como eu acredita em reencarnação.
E cada combate, e cada lágrima ou
força na superação é como se eu colocasse fio por fio de volta no tecido. Os fios
que deixei para trás da ultima vez em que estive aqui, por estas terras...
Se assim não for, qual então o
sentido?
Qual a razão de você desejar
tanto um sonho e este sonho escapar das suas mãos tão facilmente? Um sonho que
requer milhares de tentativas mal sucedidas, de suor, de dúvida quanto ao caminho...
Não seriam os sonhos os sinais das
pontas que deixamos soltas em outras passagens por aqui?
Eu estava lá com o coração aberto
mais vez, e voltei novamente para o ponto de partida. Retornei em silencio, um
silencio cheio de palavras não ditas.
E durante as tentativas que
falham, a sua coragem e força está em desistir, em soltar mesmo com o seu
coração pedindo para ficar.
A sabedoria neste caso é para o seu
amor não adoecer. Não o amor faz o seu coração bater, que enche os seus
pulmões, que pulsa nas suas veias. O amor que te deixa viver nesta terra.
E é nessas horas que o certo é o
mais difícil de fazer: soltar e partir. Até o sucesso chegar...
E o sucesso talvez seja o símbolo
do fio que voltou para o tecido, e o trabalho em colocá-lo no lugar nos permite
crescer.
Eu sei, e mesmo assim após inúmeras
tentativas...
...eu só não queria fazer mais
isso, não queria voltar, e sim continuar. Não dessa vez, não para este próximo ano
em vias de nascer.
Quero pode ir frente com uma mão
segurando a minha, queria acertar dessa vez. Usar a minha coragem e força para
segurar nessa mão, e deixar o amor que circula nas minhas veias aquecer a pele
em que toco.
Por quem eu sou agora, pelas
tentativas de recuperar as pontas soltas e de unir a seda que compõe a minha
vida.
Esta alma reencarnada
nesta humana ainda cheia de falhas,
Com uma fé aprendiz a
transportar montanhas,
Com um olhar
esperançoso,
É o que eu desejo para
2018.
Talvez seja um pedido, ou talvez um
prelúdio.
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