Sobre a arte de amar...

O amor é sublime.
Mas o que faz o amor ser tão sublime?
Fiquei a me perguntar.
O amor é sublime porque é difícil amar, pensei eu. Às vezes, nós confundimos o amor com um simples gostar, nos iludimos diante de uma paixão tão passageira quanto o próprio vento.
Confundimos o amor com a posse: “Ele é meu”ou “Ela é minha”,   quando na verdade ninguém é de ninguém. Todos somos parceiros de jornada nesta estrada da vida.
Olhe os pássaros por exemplo, eles migram em bandos para diferentes lugares de acordo com as estações do ano, porém, sempre voltam para o ponto de partida.
É difícil amar porque queremos construir gaiolas para aqueles a quem amamos ao invés de construirmos jardins para eles sempre terem uma razão para voltar.
Aqueles que aprendem a arte de jardinar seus corações em troca de serem especialistas em gaiolas bebem da fonte do verdadeiro amor, e nada mais os abala.
Não há equívocos ou obsessões, pois eles são certeiros em seus sentimentos.
Penso, em minha condição humana ainda limitada, que Jesus ama verdadeiramente porque fez de todo o seu coração um jardim. Não importa quão distante estejamos dele, ou achamos que estamos; não importa a mágoa ou a dor que carregamos, no final, sempre voltamos para os braços dele. Para o seu amor puro e sublime.
****

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor.
1 Coríntios 13:1-13

(Fiz o Evangelho no lar hoje. Ao final, fiz uma pergunta à Espiritualidade e ao abrir aleatoriamente o Evangelho Segundo o Espiritismo, me veio esta passagem. E das palavras de Paulo nasceu este poema a cima cujas palavras vieram do meu coração que está aprendendo a amar.)


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