Pular ou não pular, eis a questão?

Amar é como pular de uma montanha, você não sabe se a outra pessoa vai estar lá te esperando, a única coisa certa é a vontade sua de que ela esteja. Então você pula e que felicidade ver o outro a sua espera.
O desafiador, eu acho, é você fazer esse salto mortal todos os dias por semanas, meses, anos, talvez até para sempre. Em alguns casos é para sempre...
Em outros, você pula e, de repente, quem outrora te segurava, vai embora sem aviso prévio. Você cai, e isso dói. Cara, como isso dói não é?
Amar de novo, ou amar o “novo” seria como pular de um Everest dessa vez. Muito mais alto, muito mais difícil o salto porque você sabe que se a historia se repetir a dor vai ser ainda pior. Que vontade de fugir, de trancar meu coração em um cofre e jogar a chave fora.

O que fazer em horas como essa?

Pular ou não pular, eis a questão?


Se você me permitir um conselho, vou pegar uma onda na frase do meu amigo Mahatma Gandhi que diz o seguinte:Nunca perca a fé na humanidade, pois ela é como um oceano. Só porque existem algumas gotas de água suja nele, não quer dizer que ele esteja sujo por completo.”




Ainda há pessoas boas nesse mundo, ainda há pessoas capazes de pegar um coração cansado e ferido, e amá-lo até a dor passar.
Aliás, falando em mundo, eu vejo o quanto a nossa casa está doente. Há tantos desamores, tantas misérias porque milhares de pessoas desistiram de amar no meio do caminho. Já pensei em desistir inúmeras vezes, em jogar a chave do meu coração fora e não deixar mais ninguém entrar, porém ao olhar o mundo a minha volta, ao ver o quanto a falta de amor é capaz de transformar as pessoas, no que já transformou até, isso me faz querer voltar a esse caminho incerto mais uma vez. A lutar e acreditar só mais uma vez.
O mundo precisa de histórias felizes. Então se um dia você estiver bem em cima de um Everest, não desiste ok? Talvez doa, mas talvez não. Talvez haja uma bela história pronta para ser contada, para ser vivida, para ajudar esse planeta a ser um lugar melhor. E se doer, você vai sobreviver porque a vida continua, porque tudo muda sempre e existe uma razão diante de  cada porta que se fecha ou se abre para gente.
Eu sou uma otária por continuar, bem sei disso e tudo bem. É por amor as causas perdidas. Por amor as causas perdidas.

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