Chuva

Ela olhava pela janela do seu quarto. As imagens estavam disformes por causa do vidro embaçado, mas ainda podia-se ver o verde das árvore e o preto do asfalto. Era estranho estar assim; era estranho sentir falta de algo- ou alguém, desconhecido.
Qual a razão de tudo isso?
Qual a razão de toda essa espera?
Abriu um pouco a janela e deixou o ar frio entrar, trazendo consigo o cheiro da terra molhada e o som das gotas que caíam sobre o chão, sobre as árvores, sobre tudo.
Uma gota caiu em seus lábios. Essa gota podia ser você.
Sei lá, acho que acordei um pouco poética hoje.
"Beije a chuva
Sempre que você precisar de mim
Beije a chuva
Sempre que eu estiver muito longe
Se seus lábios se sentem solitários e com sede
Beije a chuva
E espere pelo amanhecer
Lembre-se
Estamos sob o mesmo céu
E a noite é tão solitária para mim como para você
Se você sente que não pode esperar até de manhã
Beije a chuva."

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