Eu não sei

Não era um gigante, mas vários. Cada combatente tinha um dirigido a sim. Todos eram enormes e desprovidos de pena, suas intenções eram claras: nos derrotar.
Vi muitos fugirem, outros tombarem ao chão. O que permaneciam de pé lutavam com todas as suas forças, lutavam por sua chance do melhor jeito que aprenderam usando as armas que possuíam.
Houve um momento em que o meu gigante e eu nos olhamos, e então ele veio em minha direção. Vinha com a certeza de que me levaria ao fim, ao chão. Era possível ver a violência de suas intenções pela maneira como manejava o tacape.
Mirei o meu estilingue na direção de sua cabeça; a voz do mestre ecoando por meus ouvidos: “Você tem a mim, David.” O enorme obstáculo estava muito perto de mim e sem sequer piscar eu soltei a pedra. Uma luz branca cegou a ambos e tudo girou.
Sei que estou deitado, porém, não consigo abrir os olhos e não sei se o derrotei.

Você quebrou os laços, soltou as correntes
Você carregou a cruz
E a minha vergonha
Você sabe que eu acredito nisso
Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando

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