Eu não sei
Não era um gigante, mas vários. Cada combatente tinha um
dirigido a sim. Todos eram enormes e desprovidos de pena, suas intenções eram
claras: nos derrotar.
Vi muitos fugirem, outros tombarem ao chão. O que
permaneciam de pé lutavam com todas as suas forças, lutavam por sua chance do
melhor jeito que aprenderam usando as armas que possuíam.
Houve um momento em que o meu gigante e eu nos olhamos, e
então ele veio em minha direção. Vinha com a certeza de que me levaria ao fim,
ao chão. Era possível ver a violência de suas intenções pela maneira como
manejava o tacape.
Mirei o meu estilingue na direção de sua cabeça; a voz do
mestre ecoando por meus ouvidos: “Você
tem a mim, David.” O enorme obstáculo estava muito perto de mim e sem
sequer piscar eu soltei a pedra. Uma luz branca cegou a ambos e tudo girou.
Sei que estou deitado, porém, não consigo abrir os olhos e
não sei se o derrotei.
♪♫Você quebrou os laços, soltou as correntes
Você carregou a cruz
E a minha vergonha
Você sabe que eu acredito nisso
Mas eu ainda não encontrei
O que estou procurando♪♫
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