Sobre ser escritor...



O mal – ou o bem- dos escritores é que nós sentimos tudo em dobro.
Nós sonhamos em dobro, nos iludimos em dobro, sofremos em demasia. As alegrias nos envolvem em cores tão vibrantes como se estivessem vivas e então as palavras nascem, as letras surgem e se embaralham, como em um encontro, para depois o casamento acontecer.
E as palavras, as frases, os textos, ganham a magia que emociona tantas pessoas desconhecidas. Seriam mesmo desconhecidas?
Somos irmãos talvez, os escritores e os leitores.
Escrevemos para os nossos irmãos-amantes das palavras, escrevemos em busca de algo que não pode ser definido pelas letras que usamos. E fazemos isso porque no fundo todos buscamos a mesma coisa, a diferença é que escrevemos para encontrar.
Ás vezes eu costumo dizer para mim mesma que a escrita é minha oração em movimento. Uma maneira de fazer acontecer, de dar vida as ideias que circundam a minha mente.
É um caminho prazeroso, por vezes solitário, mas posso garantir que é único.
É único ser escritor.


“Eu desenho rabiscos, traços linhas que apago e reescrevo novamente. Faço e refaço cem vezes. Talvez você me pergunte porquê. E eu te olhe com ar de dúvida, a verdade é que eu mesmo não sei. Apenas escrevo para...
Para...
Para encontrar você. De alguma forma, de algum modo, na surpresa ou no óbvio. Em uma esquina ou avenida. Entre uma vírgula ou um ponto. Não importa. Somente encontrar você.”
 

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