Extra(ordinário)
Ás vezes, eu
acho que sempre acabei esperando por algo surreal. Algo espantoso e
extravagante. Como se o sapo que vira príncipe estivesse bem ali, naquela
esquina da minha vida. Ou que eu tivesse a cartola mágica que tira o coelho de
dentro dela.
Mas, talvez,
a vida seja simplesmente simples...
Não uma
simplicidade sem cores, somente preto e branco. Porém, um simples de
tranquilidade, de delicadeza por parte das outras cores.
Na vida,
aprendi que não existe tempo perdido. Existem lições que alguns entendem muito
rápido, enquanto outros precisam desse tempo. De certo hiato entre um ponto e
outro.
Aprendi a
lição, penso eu.
Agora, quero
somente ser. Somente sentir. Somente apreciar e aprender. Continuar amando
também.
Ei, você aí do outro
lado. Não precisa vir montado num cavalo branco, não precisa ser príncipe ou
tirar um espanto dos meus olhos mostrando-se como um sapo. Quero apenas que
você seja você. E que chegue com seu coração e flores, porque é nos lírios que
aprendi esta lição. E que a gente se encontre no olhos, mas também se encontre
na alma.
Hoje, eu
descobri “Deus na surpresa e no
inesperado”, como disse uma vez Padre Fábio de Melo. Descobri que Ele gosta de ser criança, de
subir em árvores, de soltar pipa nos campos verdes, descobri que Ele gosta do
simples. E não da pressa, não das fórmulas que quase nunca dão certo, exceto
nas contas de matemática.
Acho que é
isso, não fazer planos tão meticulosos. Deixar o rio fluir.
Estou flu(indo).
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