Timidez

Aonde vou, sinto que me destaco mais pela timidez, primeiramente. Em seguida seguem as outras coisas, tipo responsabilidade, compromisso com os horários e etc. Tenho consciência que preciso me abrir mais para o mundo, exteriorizar o que guardo no coração. Permitir que as pessoas me conhecessem, e eu a elas.

Mas não é uma tarefa simples, sabe? Existe aquela cautela, aquele medo de se mostrar e acabar por ferir-se. Então eu sigo como se fosse uma felina estudando a área onde está para depois descansar.

No entanto, sempre me vêm à mente um trecho de um livro do Garth Stein – A arte de correr na chuva: “Prenda o Sol em uma caixa. Obrigue o Sol a superar a adversidade para se levantar. Aí sim, iremos celebrar. Sempre admirei um belo nascer do Sol, porém, jamais considerei um campeão por ter nascido.”

Talvez a questão de tudo aponte para darmos o melhor, mesmo que o inicio seja um pequeno gesto (que na maioria das vezes requer força de vontade e um esforço tremendo). Compreendendo sempre nas horas que não se conseguir, porque a verdade é que existem coisas meio que entranhadas na gente. Como uma raiz que cresce por debaixo da terra.

O desafio surge para todas as pessoas, tímidas ou extrovertidas, ricas ou pobres. Todos nós estamos regidos pelas mesmas leis do Universo. A diferença é como você reage a elas, a forma como você luta para superar-se nas dificuldades. Principalmente aquelas batalhas internas, entre você e si mesmo.

“Às vezes a gente faz tanto drama. Se a gente olha pra trás e lembra das coisas que já viveu e sobreviveu consegue perceber que é tão mais forte do que cotidianamente vislumbra...”

 

Acho que ainda reina em mim certo melodrama. O conflito entre a menina que se depara com a mulher, e ambas precisam aprender uma com a outra. Até chegar na linha do meio que separa o passado do presente e seguir...simplesmente seguir. Com o melhor que se tem, que buscou ter.

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[Mas você nunca disse que seria fácil / você apenas disse que eu jamais iria sozinha...]