Sobre o ritual do velho mestre

Todos os dias antes do alvorecer, o jovem aprendiz observava um dos velhos mestres do Templo executar uma curiosa tarefa. Antes do Sol nascer, ele acordava e subia uma das escadarias que levava a uma das torres mais altas, acendia uma fogueira e esperava o dia amanhecer.

Após os primeiros raios de Sol, o velho mestre fazia uma prece e depois saia para suas tarefas cotidianas. Se chovesse ou ventasse muito a ponto da chama apagar, ele repetia o mesmo trajeto. Certo dia, o jovem tomou coragem e decidiu perguntar o porquê de tal ritual.

-Mestre,  porque o senhor acorda bem cedo todos os dias e acende aquela fogueira?- perguntou o menino.

Com um sorriso cheio de sabedoria, o mestre respondeu:

-Aquela fogueira é a minha fé. Eu encontrei essa forma para nunca me esquecer de mantê-la acesa no meu coração. Quando qualquer coisa a apaga, eu subo e acendo novamente assim sempre me lembrarei de que se algo acontecer e eu tiver medo ou duvidar, vou olhar para a fogueira e  saberei que minha fé estará dentro do meu coração para iluminar a saída.

 ***

Talvez hoje você esteja cansado de acreditar, cansado daquela porta continuar fechada. Talvez você esteja se perguntando do motivo dela ainda não abrir, ou pode ser que você não tenha nenhum desses pensamentos e o dia apenas foi difícil. 

Ás vezes é complicado para mim também e, vez por outra, me descubro cheia de insegurança e incerteza sabe?

Mas o que sei de verdade é que as coisas não serão mais fáceis se eu parar agora. E como diria Elenita: “Está na hora da gente parar de esperar o pior... das pessoas, dos desafios, da vida. Está na hora de fazer a nossa parte com vontade, mas SOBRETUDO está na hora de ter esperança. Está na hora de colocar os nossos sentimentos em jogo, o nosso coração, a nossa alma, a nossa fé e dar tudo de melhor que a gente puder dar em busca do nosso sonho mesmo sem saber se conseguirá completar todo ou mesmo parte do percurso da trilha. O caminho certo para alcançar o nosso sonho é sempre tentar, e tentar, de novo e mais uma vez.”