A vida pulsa


Eu estou dentro de um quarto escuro.
Há apenas escuridão aqui.
Nenhuma réstia de luz.
A minha volta vozes esbravejam palavras sem sentido.
Vozes altas e espalhafatosas que dizem tudo, e ao mesmo tempo nada.
Não sei se é escuro porque estou de olhos fechados ou se os abri e o mundo mergulhou fundo dizendo adeus a luz.
Talvez eu tenha apenas aberto os olhos, mas ainda não sei enxergar.
Não sei enxergar o caminho certo dentro deste quarto escuro que é o mundo agora.
E há vozes altas e espalhafatosas que dizem tudo e ao mesmo tempo não dizem nada.
No mundo escuro não se ama,
Não se respeita,
Se tem a “pele a perfeita”,
E a crença “digna”.
No entanto, ao pensar que caminho para o incerto ponto final eis que reparo em uma pequena luz dentro de mim.
Não sei há quanto tempo ela estava ali, a luz pequena e perseverante brilha não se importando com a escuridão e o vozerio em sua volta.
Volto minha atenção ao seu brilho agora crescente e iluminante. E a escuridão já não mais domina, o silencio carregado de sentimentos avança sobre o turbilhão de falas.
O ponto luminoso brilha, porque a luz é.
 Eu sinto a resposta.
É chegada a aurora de um novo mundo, aprendi a enxergar a Luz que agora tem vez.



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