O guerreiro do deserto...
Sinto como se eu estivesse por atravessar um grande deserto,
Um deserto de silêncio e de espera.
Constantes tempestades de areia passam por mim
violentamente,
Tempestades de ausência que roubam energias e secam a minha
boca.
Um guerreiro com sede, com dúvidas sobre si mesmo e se irá
encontrar o paraíso perdido, ou morrer tentando ali sozinho.
Me sinto atravessando um deserto em busca dos meus sonhos,
Ás vezes, eu cedo os meus joelhos ao chão.
Finco minha espada na areia quente e tento me recompor.
São tantos anos esperando, tanto tempo buscando os sonhos aparentemente
em vão.
As possibilidades surgem vez ou outra, como quando você olha
para o céu e enxergasse as nuvens se formando para logo mais a chuva cair.
Mas a chuva não cai, e as nuvens tão certas se vão. E as
possibilidades que pareciam verdadeiras caem no vácuo.
Sou como um guerreiro atravessando um imenso deserto de silêncio
e espera, um guerreiro com sede.
Mas não posso sentar-me por muito tempo, não posso desistir.
Porque desistir é ficar ali, naquele imenso vazio...
Reúno minhas forças mais uma vez e continuo, tanto para não
morrer ali, como pela voz dentro de mim a e me dizer para não esmorecer.
Há um oásis a minha espera, há os meus sonhos a minha
espera.
Há um oásis logo mais,
Há uma possibilidade verdadeira mais a frente.
E nesse paraíso no final do deserto, a água que toca nos lábios
Sacia a sede dos guerreiros que não desistiram.
Há quem diga também que sobre o reflexo do rio que corre pelo paraíso
escondido,
Os seus sonhos se realizam.
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