Porque sou mãe, sou pai, sou filho e filha de alguém.
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Richard e Emily Staley fizeram um ensaio fotográfico com a filha, Monroe, que morreu na barriga da mãe (Foto: Lindsey Natzic- Villatoro/Love Song Events & Photography)
Quando a lua atinge o auge de seu brilho, eu fecho os meus
olhos.
Para sempre?
Não, porque tenho o nascer do sol do outro dia.
Mas hoje, eu te vi fechar os olhos nas primeiras notas da
manhã.
O sol sequer tinha acordado, mas já tive que aprender a te
dizer adeus.
O que é morrer? É fechar eternamente os olhos?
É imaginar nunca mais te encontrar?
Não.
Eu sou mãe, eu sou
pai, eu sou filho e filha seus, de alguém.
Em meu coração reina a esperança, reina a certeza de que nos
encontraremos algum dia.
Porque eu te amo, como nunca pensei amar um ser humano como
eu te amo.
Nossa pequena, nosso pequeno ser de luz.
Eu digo ‘nosso”, porque sei que você pertence à Deus também.
Ele me deu esta incrível oportunidade de te sentir em meu ventre, em minha
mente.
Porque sou mãe, sou pai, sou filho e filha de alguém.
Encontrei esta foto hoje. É de uma matéria onde os pais
decidem tirar umas fotos com sua filha que morreu ainda na barriga da mãe. Me
deparei observando a expressão dos pais, da pequena menina que deixou este
mundo.
E me deu vontade de escrever, fiquei imaginando como seria o
sentimento dos pais, o que sentiram quando carregaram este pequeno corpo,
frágil e delicado, mas sem vida.
Lembrei em seguida das nossas crianças vivas, tão vivas que nós
as deixamos sozinhas nos orfanatos, espancamos, tiramos suas vidas de forma tão
violenta no meio das guerras. Das crianças que desvalorizamos a oportunidade de
educá-las para serem homens e mulheres de bem.
E há pais que se despendem tão cedo de seus filhos.
É um convite a reflexão sobre a oportunidade que temos, e o que estamos fazendo com nossas crianças enquanto ainda estão aqui.
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