Sobre o nevoeiro e a vela...



Era uma vez uma menina que precisava chegar à cidade para comprar comida. A aldeia onde morava era longe e a menina tinha que atravessar uma ponte de madeira que unia um ponto ao outro. Abaixo da ponte ficava um rio bastante bravo e revolto.
Quando a menina chegou à ponte, viu uma névoa bem densa encobrindo todo o caminho e impossibilitando dela ver o outro lado. A pequena garotinha sentiu medo porque não estava com seus pais para acompanha-la e tinha que trazer comida para os seus irmãozinhos menores. Ela então fechou os olhos e fez uma oração pedindo que Deus a ajudasse naquela travessia.
Ao abrir os olhos viu que segurava uma vela acesa sobre um lindo candeeiro de metal. Dando os seus primeiros passos dentro da névoa, era impossível ver além de um palmo, mas a chama da vela a mantia aquecida e iluminava a sua frente. O vento costumava querer apagar a chama, porém, a menina colocava suas mãozinhas sobre o calor do fogo, protegendo-o de ser apagado.
Então, quando parecia ser uma travessia interminável, a menina finalmente enxergou o final da ponte e já conseguia ver as árvores que acompanhavam a trilha até a cidade. Ao sair da ponte, o candeeiro com a vela transformou-se em uma pomba branca que beijou delicadamente a ponta do nariz da menina antes de voltar para o céu.

***
 Você é essa garotinha.
E eu sei que está com medo, eu sei que paira sobre sua consciência a sensação da inutilidade e insegurança. O futuro é sempre um caminho desconhecido, mas é preciso encará-lo e do outro lado, após a temerosa névoa, está o objetivo que você almeja alcançar.
Enfrente o seu medo, enfrente o desconhecido. Você é capaz porque depositei em suas mãos a chama da fé e da esperança. Juntas, elas te farão companhia e te ajudarão durante esta travessia.
Quando menos esperar, você chegará do outro lado. Alcançará o objetivo que outrora era apenas um sonho em seu coração. E isto acontecerá não por causa de um acaso, e sim porque você não deixou os ventos das dificuldades apagassem a fé e esperança que repousavam em seu interior.
Escolha não desistir e o próprio caminho te levará onde você precisa chegar.









"Guardo minhas esperanças como um sol particular. Que é para pendurar em minha janela quando os tempos ficam difíceis e os dias nublados." (Camila Heloise)
 



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